O Brasil é líder global em exportação de carne de frango, bovina e suína, vendendo para mais de 150 países, entre eles os mais exigentes, como Europa, Japão e Estados Unidos, que fazem constantes visitas para inspecionar os sistemas de produção. O Brasil continua sendo o principal fornecedor de carne bovina.
Devemos esclarecer à população brasileira que temos 99,5% do setor absolutamente em dia, oferecendo produtos saudáveis, dentro do padrão de conformidade aqui e lá fora, nem 0,5% tem falhas. Não dá para a gente generalizar e vender a imagem de que tudo é ruim, de que tudo é corrupto, corrompido e corruptível. Para conseguir abrir o mercado lá fora, foram quase dez anos de luta. A maior injustiça do mundo é jogar na lata do lixo todo esse trabalho, denegrindo o esforço de muitos durante décadas.
A comercialização mundial de carne bovina atinge 9,4 milhões de toneladas, sendo que 20% desse produto sai do Brasil, sendo o principal fornecedor.
Atualmente o Brasil tem 36% de toda a exportação mundial de carne de frango e de acordo com dados do Ministério da Agricultura, até 2020, a produção nacional de carne bovina deve suprir 44,5% da demanda mundial, enquanto a carne de frango terá 48,1% e a suína 14,2%. Nenhum outro setor nacional tem números como esses.
A participação do Brasil na venda de carne para o mundo é tão importante que, apesar das reações iniciais, os países importadores não têm muito poder de manobra na compra de proteínas fora do mercado brasileiro.
Eventuais desvios de conduta nas fábricas nacionais representam uma fração mínima da produção nacional e devem ser repudiados e combatidos. O pagamento de propina facilitava a produção de produtos adulterados, emitindo certificados sanitários sem fiscalização. As propinas pagas a fiscais do Ministério da Agricultura para afrouxar a fiscalização em frigoríficos abasteceram o PMDB e o PP, segundo a Polícia Federal, que deflagrou a operação “Carne Fraca”.
No Brasil, o problema é pontual e depende de ajustes na fiscalização. O país tem, porém, que provar aos importadores que os problemas internos foram regularizados.
O setor produtivo da carne emprega mais de 7 milhões de pessoas e representa 15% das exportações brasileiras. Denegrir a qualidade da proteína do principal exportador global só interessa aos produtores de mercados concorrentes. Hoje, as empresas brasileiras detêm as melhores certificações internacionais de excelência.
Alexandre Pierroni é Veterinário há 20 anos em São Roque, Vereador e Secretário da Comissão Permanente de Saúde e Educação da Câmara Municipal.
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