A partir da próxima semana, a Santa Casa de São Roque voltará a realizar cirurgias eletivas regularmente para crianças que são usuárias do Sistema Único de Saúde. Para isso, o hospital está implantando um ambulatório específico para atender as demandas por esse tipo procedimento, uma das metas da gestão instituída pela requisição administrativa liderada pela Prefeitura de São Roque.
Desde 2013, as cirurgias pediátricas eletivas estavam sendo realizadas somente por meio de mutirões cirúrgicos esporádicos como o que aconteceu em março deste ano, em que 31 procedimentos foram realizados na Santa Casa de São Roque.
De acordo com a administradora interina da Santa Casa, Andrea Helena de Moraes Rodrigues, o novo ambulatório de cirurgias pediátricas disponibilizará 20 consultas mensais para avaliação, triagem e agendamento dos procedimentos.
“As vagas serão preenchidas pelos pacientes encaminhados pela Central de Agendamentos do Departamento de Saúde”, completa a administradora.
Segundo dados do Departamento de Saúde, atualmente, a fila de espera para realização de um procedimento cirúrgico pediátrico não urgente, conta com 191 pacientes oriundos dos postos de saúde. Com o novo ambulatório em funcionamento, esses pacientes começarão a ser convocados para as consultas de avaliação com os cirurgiões e, consequentemente, passarão por cirurgia.
“Estamos trabalhando em conjunto com a Santa Casa, trocando informações, planejando ações e parcerias para restabelecer o atendimento hospitalar na cidade, eliminar as filas de espera e evitar que elas voltem a se formar”, explica a diretora do Departamento de Saúde, Daniela Groke.
Atendimento particular e convêniosA criação de um ambulatório de cirurgia pediátrica não vai beneficiar apenas os usuários do Sistema Único de Saúde. A Santa Casa entende que esse serviço também é estratégico para a sustentabilidade financeira do hospital e por isso abrirá uma agenda para atendimento de pacientes particulares e também de convênio. “Todos sabemos que a remuneração proposta pela tabela do SUS é deficitária e para financiar os atendimentos aos pacientes da rede pública, a Santa Casa tem de ampliar a receita vinda dos atendimentos particulares e convênios. Precisamos buscar um equilíbrio financeiro para não contar exclusivamente com as verbas da prefeitura e do governo federal, caso contrário o hospital sempre será dependente e a crise nunca será resolvida”, conclui a Andrea Rodrigues.
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