Casos de sucesso provam que estratégias de economia verde
estão entre as formas mais eficientes de assegurar disponibilidade e
qualidade hídricas
Representantes de diversas partes do mundo estiveram presentes. Foto: José Jorge Neto
Especialistas em meio ambiente e recursos hídricos de diversas partes do mundo estiveram reunidos nos dias 21 e 22 de setembro em São Paulo para compartilhar experiências de sucesso, modelos e ferramentas para a gestão de bacias hidrográficas e recursos hídricos.
O Seminário Internacional “Unindo cidades e bacias hidrográficas para a segurança hídrica e a economia verde” (“Bridging cities and watersheds for water security and green economics”) surgiu de uma parceria entre a Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo (SMA), a Forest Trends, o World Resources Institute (WRI), e a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).
No primeiro dia de evento, foi realizado um seminário no Anfiteatro da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, aberto ao público geral.
No segundo dia, houve um workshop no auditório da FIA (Pinheiros), destinado a técnicos do Sistema Ambiental Paulista e de outras secretarias de estado, técnicos de projetos parceiros, do DAEE, da Sabesp e da Emplasa e representantes de universidades e de institutos de pesquisa. Essa ação objetivou abordar de forma mais técnica os assuntos discutidos no seminário do dia anterior.
Workshop realizado no auditório da FIA. Foto: Anna Karla Moura
Além da promoção da troca de saberes, o evento como um todo serviu para estreitar os laços entre as instituições participantes, de forma a gerar acordos de cooperação que permitam ampliar a infraestrutura verde para a gestão eficaz dos recursos hídricos.
“Da nossa parte, enquanto gestores do Sistema Ambiental Paulista, estamos com uma pauta ambiciosa de ações relacionadas de algum modo à infraestrutura verde. É uma agenda ambiental sintonizada com o cumprimento das metas de Aichi, da Convenção sobre Diversidade Biológica. Um exemplo disso é o plano plurianual de São Paulo para o período de 2016 a 2020, que prevê a restauração de 300 mil hectares de florestas, tendo o Programa Nascentes como seu carro-chefe. Para alcançarmos essa ambiciosa meta, precisamos ampliar os projetos já em execução de pagamentos por serviços ambientais e implantar a nova lei florestal, de modo a reconhecer o papel de todos na sustentabilidade ambiental”, destacou Cristina Azevedo, secretária adjunta do Meio Ambiente.
Todd Gatner, do WRI e Cristina Azevedo (Kitty), da SMA. Foto: José Jorge Neto
Ao longo do evento, especialistas apresentaram estudos de caso de investimentos bem-sucedidos em infraestrutura verde e como essas estratégias podem ser aplicadas de forma a ampliar soluções na gestão de serviços ecossistêmicos para atendimento às necessidades múltiplas associadas ao uso da água.
O Brasil, assim como outros países que estiveram representados no seminário, tem enfrentado uma fase de escassez hídrica em diversos estados, o que implica em grandes desafios na gestão dos recursos hídricos. Somando-se à crise ambiental, as crises política e econômica pelas quais o país passa, configura-se um cenário ainda mais delicado para os líderes e tomadores de decisão.
“Entendo que devemos encarar a situação atual como impulsionadora de inovações, de mudanças de visão, geradora de novas oportunidades. A infraestrutura verde é um ótimo exemplo de geração de novas oportunidades ‘ganha-ganha’, gerando novos negócios e revitalizando ecossistemas. Há muito que se sabe que as externalidades ambientais não são contabilizadas. Assim, é preciso que se avaliem o quanto a implantação de determinada infraestrutura pode promover perdas ou ganhos em termos de serviços ecossistêmicos para subsidiar as tomadas de decisão por parte dos gestores públicos”, disse Cristina Azevedo, enfatizando a pertinência do tema discutido no evento.
Especialistas discutem infraestrutura verde. Foto: Anna Karla Moura
Participaram do seminário especialistas de diversas instituições de grande relevância na temática abordada, incluindo, além das quatro organizadoras já citadas:
Representantes de diversas partes do mundo estiveram presentes. Foto: José Jorge Neto
Especialistas em meio ambiente e recursos hídricos de diversas partes do mundo estiveram reunidos nos dias 21 e 22 de setembro em São Paulo para compartilhar experiências de sucesso, modelos e ferramentas para a gestão de bacias hidrográficas e recursos hídricos.
O Seminário Internacional “Unindo cidades e bacias hidrográficas para a segurança hídrica e a economia verde” (“Bridging cities and watersheds for water security and green economics”) surgiu de uma parceria entre a Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo (SMA), a Forest Trends, o World Resources Institute (WRI), e a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).
No primeiro dia de evento, foi realizado um seminário no Anfiteatro da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, aberto ao público geral.
No segundo dia, houve um workshop no auditório da FIA (Pinheiros), destinado a técnicos do Sistema Ambiental Paulista e de outras secretarias de estado, técnicos de projetos parceiros, do DAEE, da Sabesp e da Emplasa e representantes de universidades e de institutos de pesquisa. Essa ação objetivou abordar de forma mais técnica os assuntos discutidos no seminário do dia anterior.
Workshop realizado no auditório da FIA. Foto: Anna Karla Moura
Além da promoção da troca de saberes, o evento como um todo serviu para estreitar os laços entre as instituições participantes, de forma a gerar acordos de cooperação que permitam ampliar a infraestrutura verde para a gestão eficaz dos recursos hídricos.
“Da nossa parte, enquanto gestores do Sistema Ambiental Paulista, estamos com uma pauta ambiciosa de ações relacionadas de algum modo à infraestrutura verde. É uma agenda ambiental sintonizada com o cumprimento das metas de Aichi, da Convenção sobre Diversidade Biológica. Um exemplo disso é o plano plurianual de São Paulo para o período de 2016 a 2020, que prevê a restauração de 300 mil hectares de florestas, tendo o Programa Nascentes como seu carro-chefe. Para alcançarmos essa ambiciosa meta, precisamos ampliar os projetos já em execução de pagamentos por serviços ambientais e implantar a nova lei florestal, de modo a reconhecer o papel de todos na sustentabilidade ambiental”, destacou Cristina Azevedo, secretária adjunta do Meio Ambiente.
Todd Gatner, do WRI e Cristina Azevedo (Kitty), da SMA. Foto: José Jorge Neto
Ao longo do evento, especialistas apresentaram estudos de caso de investimentos bem-sucedidos em infraestrutura verde e como essas estratégias podem ser aplicadas de forma a ampliar soluções na gestão de serviços ecossistêmicos para atendimento às necessidades múltiplas associadas ao uso da água.
O Brasil, assim como outros países que estiveram representados no seminário, tem enfrentado uma fase de escassez hídrica em diversos estados, o que implica em grandes desafios na gestão dos recursos hídricos. Somando-se à crise ambiental, as crises política e econômica pelas quais o país passa, configura-se um cenário ainda mais delicado para os líderes e tomadores de decisão.
“Entendo que devemos encarar a situação atual como impulsionadora de inovações, de mudanças de visão, geradora de novas oportunidades. A infraestrutura verde é um ótimo exemplo de geração de novas oportunidades ‘ganha-ganha’, gerando novos negócios e revitalizando ecossistemas. Há muito que se sabe que as externalidades ambientais não são contabilizadas. Assim, é preciso que se avaliem o quanto a implantação de determinada infraestrutura pode promover perdas ou ganhos em termos de serviços ecossistêmicos para subsidiar as tomadas de decisão por parte dos gestores públicos”, disse Cristina Azevedo, enfatizando a pertinência do tema discutido no evento.
Especialistas discutem infraestrutura verde. Foto: Anna Karla Moura
Participaram do seminário especialistas de diversas instituições de grande relevância na temática abordada, incluindo, além das quatro organizadoras já citadas:
The
Nature Conservancy (TNC), EcoDecisión (do Equador), Universidade
Estadual de Campinas (UNICAMP), Reserva Votorantin, Consorcio para el
Desarollo Sostenible de la Ecorregión Andina (CONDENSAN), Escola
Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, da Universidade de São Paulo
(ESALQ/USP), Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano S.A.
(EMPLASA), Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos do Estado de São
Paulo (SSRH/SP), Agência Nacional de Águas (ANA), Superintendencia
Nacional de Servicios de Saneamiento de Peru (SUNASS), Beijing Forestry
Society e Watershed Management Agency (da Indonésia).
O tema do encontro foi muito oportuno e tem relação direta com três das cinco diretrizes estratégicas da gestão do Sistema Ambiental Paulista: ‘Conservação ambiental e restauração ecológica’, ‘Gestão e conservação da fauna silvestre’ e ‘Vulnerabilidade Ambiental e Mudanças Climáticas’”.
O tema do encontro foi muito oportuno e tem relação direta com três das cinco diretrizes estratégicas da gestão do Sistema Ambiental Paulista: ‘Conservação ambiental e restauração ecológica’, ‘Gestão e conservação da fauna silvestre’ e ‘Vulnerabilidade Ambiental e Mudanças Climáticas’”.
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